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sexta-feira, outubro 29, 2004

Tirando a vida de campo



A morte ao vivo, em rede nacional, do jogador do São Caetano Serginho, serviu para mostrar como a fragilidade do ser humano está em evidência ultimamente. Muitas questões foram levantadas por conta disso: ele sabia que estava doente e continuou a jogar ? Por que ? Por dinheiro ? Como o clube autorizou isso ? Por que não dão valor à vida ? Se ninguém sabia de nada (possibilidade remota), como um atleta morre assim, subitamente ?


A vida parece que anda tendo menos valor nos últimos tempos. Anda sem sentido, sem rumo, sem nexo, sem amor. O que importa é o valor do dinheiro, o poder, a ambição, a ganância, as conquistas que a mídia tanto explora. Viver é estar em paz, é ter saúde e cuidar dela, é amar e ser amado, é estar ao lado daqueles que gostamos. A vida é mais do que ganhar dinheiro, pagar contas e buscar sucesso e fama.


Que essa trágica história sirva de exemplo para valorizarmos mais nossa vida e os valores que realmente valem a pena. Porque quando a gente morre, não levamos daqui o dinheiro, o poder e muito menos a ambição desmedida. E se a gente não cuidar de nós mesmos, quem fará isso ?


É uma pena que um jovem tenha morrido diante das câmeras de TV por uma razão que ninguém nunca saberá. Porque a verdade sobre as circunstâncias que levaram o coração do jogador Serginho a párar, ah, essa verdade, morreu com ele.


Janaina Pereira
Redatora
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janaredatora@hotmail.com




terça-feira, outubro 26, 2004

O olhar para o infinito



Parece que os papos religiosos andam em evidência ultimamente. Em meus momentos de crise, talvez eu expresse toda minha inferioridade espiritual. E as pessoas se assustam e dizem: “ mas como assim ? você é tão espiritualizada e fica falando essas coisas ? Não consigo entender … “


A questão é que se eu fosse espiritualizada como todo mundo acha, eu não precisaria buscar as respostas. Eu não procuraria nos livros, nos médiuns e nos centros espíritas qualquer informação a respeito. Se eu tivesse um grau superior de alma, eu nem estaria aqui escrevendo este texto.


O problema é que as pessoas enxergam o literal e lêem ao pé da letra. E a vida é feita de mensagens subliminares. Se você procura um caminho de fé – numa igreja, num centro espírita, num terreiro de macumba ou onde quer que seja – é claro que você está perdido, está com dúvidas, está precisando amadurecer. E se você segue este caminho com disciplina, está mais do que óbvio que sem aquele apoio, você não consegue andar. Mas as pessoas que estão de fora não enxergam dessa forma. Elas acham que porque alguém está frequentando uma comunidade espiritual, essa pessoa é mais evoluída e deve agir sempre corretamente (e lógico que este ‘ ser correto ‘ é, de acordo com a visão do mundo, ser bom, perfeito, não brigar, não xingar, nunca fazer essas coisas ditas inferiores).


Quando eu digo que quero coisas paupáveis, não estou renegando o peso da minha cruz, muito menos menosprezando tudo que conquistei. Eu sei que a evolução espiritual e emocional são infinitamente maiores que a evolução material. Quando eu desencarnar, não vou levar um carro, um apartamento e muito menos um guarda-roupa entupido de marcas pro túmulo. Mas eu preciso viver. E faz parte da vida comer, beber, dançar, viajar e outros coisas que o dinheiro e Mastercard podem pagar. Querer coisas paupáveis não faz de mim uma pessoa menos legal que as outras. Ter sonhos materiais não me torna desprezível. Viver em busca disso eternamente, isso sim faria de mim alguém questionável. Não é o caso.


Tudo gira em torno do duelo matéria x espírito. Sai ganhando quem consegue se equilibrar, deixar os ganhos materiais em seu devido lugar e acrescentar à sua vida espiritual os valores corretos. Não adianta tapar o sol com a peneira. Tudo no Universo está matematicamente planejado e se os caminhos nos levam a novas descobertas, sejamos todos bem-vindos ao mundo real. Onde o dinheiro tem poder para muitos. Mas onde a alma é realmente importante para tantos outros.


Janaina Pereira
Redatora
www.fotolog.net/janaredatora
janaredatora@hotmail.com

segunda-feira, outubro 25, 2004

Soro glicosado



Apesar de ser vaidosa, eu aboli o salto alto da minha vida. Não dá para ser feliz e trabalhar quinze horas por dia numa plataforma. Adoro tênis. Confortável e prático, virou meu uniforme oficial. Como tenho dormido pouco e comido menos ainda, sou praticamente uma alma perambulando daqui para lá e de lá para cá. E só fico rica de dívidas.

Eu escolhi esta vida, dizem os espíritas. Na hora que resolvi voltar eu aceitei a missão, o carma, as dores e os espíritos de porco pelo meio do caminho. Aonde eu estava com a minha cabecinha…

Melhor ainda é procurar consolo e ouvir o quanto você é desejável porém nada amável. E o dinheiro correndo pelos fios de telefone em busca de algo que não vem. As pessoas insistem em se deteriorar, em fazer de suas vidas algo abominável. Cansei de dar conselhos. Não tenho vocação para Santa. Levei anos para me libertar das correntes e não vai ser agora que vou me deixar prender novamente.

Ainda bem que ando de tênis. Vai dar tempo de correr, de fugir, de sumir. Quando menos esperarem, eu fui. E eu vou e não volto. Enquanto isso, preciso dormir. Porque perder o sono por meia dúzia de prazeres físicos que correspondem a um milhão de abobrinhas ditas, não dá. Haste la vista, baby.




Janaina Pereira
Redatora
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janaredatora@hotmail.com



sexta-feira, outubro 22, 2004

Aqueles que vêm, aqueles que vão



É incrível como existem épocas em nossas vidas que determinadas pessoas são muito importantes. Eu diria até que são fundamentais. Parece que nada funciona e o mundo não existe se elas não estiverem por perto. Por causa dessas pessoas a gente é capaz de qualquer coisa: são amigos leais, amores arrebatadores, gente que nos ajuda e nos apoia, que estão ao nosso lado quando precisamos. Mas isso são fases. Quando aquele determinado momento passa … as pessoas se vão. Levam consigo momentos de vida importantes, deixam lembranças. Mas não permanecem porque a função delas era acrescentar alguma coisa a uma fase de nossas vidas. A fase acaba, o ciclo se fecha, as pessoas se vão.


Quantos amores inesquecíveis você já teve ? E quantos melhores amigos já passaram por você ? Quanta gente que naquele momento difícil era o ombro que você procurava, que naquela hora feliz era o abraço que você queria, que naquele instante único era o beijo avassalador… gente que se foi, que o vento levou, que o tempo apagou. Gente que ficou para trás.


O tempo, porém, enriquece algumas amizades e torna alguns amores eternos. A distância não é motivo para o afastamento e as diferenças não são razão para desencontros. Gostar de alguém que te admira é fácil. Difícil é gostar de alguém que difere de você em tudo. Os iguais se procuram, os opostos se atraem. Diversificar as amizades e os amores faz bem – o relacionamento com pessoas completamente diferentes de você só tem a acrescentar. Mas é necessário deixar o barco correr. Às vezes ele corre à deriva e nos leva a situações surpreendentes. E em outros casos damos rumo ao barco e tudo dá errado.


O importante é aproveitar cada minuto como um milagre; ele é realmente, não vai se repetir mais. Os elos vem e vão, as pessoas passam e algumas ficam. Viva o hoje porque o passado já se foi e amanhã talvez não exista.aceite cada mão estendida e compreenda se aquele alguém que você tanto gostava se foi. Cada um segue seu rumo. Os amigos, os amados, os amores … cada um parte para seu destino. O caminho é um só. E por ele vão passar milhares de situações que fogem ao seu controle.


É por isso que eu digo: carpe diem. Aproveito o momento, curta a vida, viva o agora. Isso é tudo que importa. Se não ficar mais nada, as lembranças sempre existirão e elas são eternas. E como diz aquela canção dos Beatles, no final, o amor que você leva é igual ao amor que você faz.




Janaina Pereira
Redatora
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quarta-feira, outubro 20, 2004

A Pátria míope



Já se foi o tempo que o Brasil era a Pátria de chuteiras. Hoje em dia somos uma Pátria que não enxerga – ou finge não enxergar – um palmo a frente do nariz. Eu não gosto de política mas vou por um dedo na ferida. Ou melhor, vou por minha mão inteira, as duas, nessa ferida crônica que está matando aos poucos o Rio.

A notícia do dia é que Rosinha Garotinho, a governadora da Cidade Maravilhosa, transferiu a sede do governo para Campos, reduto eleitoral dela e do marido, Anthony Little Boy. Tudo isso para dar apoio ao candidato deles no segundo turno das eleições. Isso é um absurdo. Ela não está – e nunca esteve – preocupada com o Rio, e sim em manter a hegemônia evangélica e radialista no ar.

Política e religião não se misturam. E foi quando misturaram que o Rio começou a chafurdar na lama. Aliás, o lamaçal vem de tempos, mas só tem piorado. Eu não tenho nada contra os evangélicos, mas não se pode usar a fé de um povo em busca de favores pessoais. A gente ainda vive a política de cabresto, o ‘ quem dá mais leva’ . Eu fico indignada e é por isso que, desde que me mudei para SP, me recuso a votar. Não vou ao Rio e nem voto aqui. Eu já acho o fim da picada a gente ser obrigado a votar. Engraçado, eu aprendi na escola que votar também era um direito. Só que nunca tive o direito de escolher não votar.

O Crivella não ganhou e falou que Deus não quis a vitória dele. Ainda bem que ele sabe. Deus existe e ainda olha por nós, cariocas.

Em São Paulo, a Marta Suplicy se apoia na (diga-se de passagem, boa) mudança que fez no sistema de transporte. E o Serra se apoia no genérico para se eleger. E eles brigam e brigam nos debates. E planos para melhorar a cidade, que é bom … nada !

Eu fico sem saber que futuro nós teremos com essa politicagem que rola. É bom mesmo aprender a viver o hoje, porque amanhã … sei não … a Rosinha pode mudar seu penteado de novo e decidir ir para Vassouras governar o Rio. Alias, ela podia pegar uma vassoura e sair voando para nunca mais voltar.



Janaina Pereira
Redatora
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terça-feira, outubro 19, 2004

Espírito de porco



Se existem dois assuntos que nunca devem ser discutidos, eles são política e religião. Cada um tem a sua e não precisa polemizar. Mas, já que tocaram no tema, vamos esclarecer os fatos: eu sou e sempre fui uma pessoa espiritualista. Acredito na alma, e não no corpo. Uma pessoa que é espiritualista não precisa, necessariamente, frequentar um centro espírita. Pode-se encontrar paz de espírito numa igreja, por exemplo. Acredito em Deus, mas não no Deus da maioria, que é tipo Papai Noel e castiga a gente a cada passo aparentemente errado.

O fato de ser espiritualista não faz de mim melhor nem pior do que ninguém. Sinto necessidade de encontrar apoio fora da vida material, e é justamente porque preciso evoluir. Quero aprender, mudar, crescer, amadurecer. Lógico que existem mil maneiras de se fazer isso, e eu escolhi a minha. E ninguém deve julgar se estou certa ou não. Ninguém tem o direito de achar qualquer coisa a meu respeito.

Sim, é um recado direto. Bem direto no estômago. O que mais machuca é ver que os assuntos são distorcidos e as pessoas falam coisas sem sentido e sem saber. A filosofia que sigo não tem rótulo, e ainda que tivesse, não dou direito a ninguém de me rotular. E se sou verdadeira ou de araque, também é um problema todinho meu. Até onde sei, pago minhas contas e sou dona do meu nariz arrebitado. Até onde me consta, a única pessoa nesse mundo que devo satisfações – ainda que ocasionalmente – é a minha mãe. E ela está bem distante daqui.

O problema do ser humano é que ele não toma conta de sua vida, não olha seus problemas, não reflete sobre si mesmo e não enxerga o próprio rabo. Se cada um procurasse amadurecer e vigiar suas atitudes, metade das infâmias do mundo não aconteceriam. Mas tudo é como tem que ser. E as pessoas são perfeitas até mesmo nas suas infantilidades.

Eu não sou a melhor pessoa do Universo. E nem a pior. Jesus Cristo não agradou a todos. Hitler foi amado por muitos. Se não fosse Judas, a história de Jesus não faria sentido. O carrasco é necessário para que o herói possa existir. O tombo é preciso para que a vitória tenha valor. Ficar desnorteado faz parte, para que assim a fé remova as montanhas. Ainda bem que eu, diante das minhas fraquezas e dos meus erros, procuro um caminho de bem para seguir. Que bom que apesar de toda minha pobreza de espírito eu sei olhar para trás e ver que aprendi. Porque o fato de ser espiritualista não faz de mim um ser humano melhor. Mas faz de mim alguém disposta a admitir erros e evoluir com eles. Ao contrário de uns e outros que insistem em fazer papel de vítima diante da própria insanidade.

Ah, e antes que eu esqueça … eu adoro a história de vida da Madre Tereza de Calcutá mas não tenho vocação para ser ela. E nem pretendo ser como ela. Eu sou perfeitamente humana: emocional, passional, arrebatadora. Então não pisem no meu rabo porque se precisar, o leão morde.



Janaina Pereira
Redatora
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segunda-feira, outubro 18, 2004

Palavras ao vento (e o vento não leva)



Eu sempre alerto aos mais próximos: o mau uso das palavras pode causar vários estragos. As pessoas esquecem do poder que tem ao falar ou escrever. Uma palavra mal usada destrói uma relação, uma amizade, um negócio. Saber o que falar é importante, mas saber a hora de calar é mais importante ainda.

É necessário calar, ficar quieto, sossegar, deixar que as coisas sigam seu caminho. Mas às vezes há uma necessidade fora do comum de expressar a opinião … e lá vamos nós para uma série de desaforos sem fim.

No fim da história o que fica são as palavras que cortam e machucam. O sangue jorra mas o tempo tudo cura. Porém ficam cicatrizes que vez ou outra vão doer. Mas nada que a força humana não seja capaz de suportar.




Janaina Pereira
Redatora
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sexta-feira, outubro 15, 2004

Errar é humano. Mesmo.


No texto “ Prato cheio “ citei um restaurante que ia almoçar com minha amiga Lu. Eu esquecera o nome, mas ela me lembrou quando o texto já estava no ar … é o Tarantino, o popular ‘Taradinho”. Muito maneiro.

E no texto “ A Terapia do Riso “ não dei os créditos ao casal mais charmoso da ponte aérea: Parvati e Daniel. Obrigada pelo convite.



Janaina Pereira
Redatora
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quarta-feira, outubro 13, 2004

A alegria triste



Uma das coisas mais dificeis da vida é derrubar os mitos que criamos em nossas mentes. As pessoas são perfeitas e não precisam ser modificadas, mas insistimos em fantasiá-las. E os mitos são facilmente destruídos por ações e palavras.


Nunca cultivei ídolos e heróis. Fora o Ayrton Senna, que eu acho um cara fora-de-série, admiro Madre Tereza de Calcutá, Gandhi, São Francisco de Assis e outros no mesmo naipe. Mas era mais que natural que algumas pessoas próximas acabassem virando referências. E por causa de um coração aos pedaços eu acabei descobrindo que por trás de tanto amor que recebi, havia uma cortina de hipocrisia. Ainda bem que foi revelado a tempo. Talvez eu morresse com sentimentos de culpa, talvez eu nunca descobrisse a verdade. Mas, na hora que o Universo achou que eu estava pronta, eu ouvi.


Claro que doeu, mas com o tempo - que cura tudo - conseguirei guardar apenas as lembranças doces. Não preciso remoer o assunto, mas precisava saber uma verdade que vai mudar os meus passos daqui para frente. Nada será com antes.


Ainda vou levar alguns dias para digerir tanta informação. Mas é incrível como os acontecimentos se encaixam e tudo é perfeito. A harmonização com as situações é a melhor coisa a ser feita na vida. Isso nos permite aceitar e viver cada minuto como um milagre. Acho que a ficha caiu. E talvez eu nunca mais seja a mesma pessoa depois disso.



Janaina Pereira
Redatora
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sexta-feira, outubro 08, 2004

Terapia do riso




Ontem fui assitir “Caetano canta tudo”, no Teatro Crowne Plaza. Uma peça/musical divertidíssima, que na verdade é um show. A Cia. dos Texugos, formada por jornalistas, conseguiu ir além da idéia de uma imitação clássica. Com inteligência e apoiada num texto brilhante, a sátira (e, por que não, homenagem) a Caetano Veloso, transforma obras conhecidas do público, dando-lhes uma nova e empolgante roupagem.

No dueto de Mauro Soares (voz e interpretação) e Remo Pellegrini (violão), desfilam canções populares de Sidney Magal, Abba, Kelly Key, Leandro & Leonardo, Sérgio Mallandro, Alcione, Padre Marcelo Rossi, grupo Yahoo, entre outros, com novas versões (com arranjos completamente diferentes) e interpretações solos de Caetano, ou em parceria com Elis Regina, Gal Costa, Ney Matogrosso e Julio Iglesias.

Vale a pena conferir este show que tem uma característica rara: humor com inteligência. Seus neurônios agradecem.



“Caetano canta tudo”

Local: Teatro Crowne Plaza

Endereço: Rua Frei Caneca, 1360, Cerqueira César - São Paulo

Informações: (11) 289-0985



Janaina Pereira
Redatora
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quarta-feira, outubro 06, 2004

Tá combinado
Caetano Veloso



Então tá combinado, é quase nada
É tudo somente sexo e amizade
Não tem nenhum engano nem mistério
É tudo só brincadeira e verdade

Podemos ver o mundo juntos
Sermos dois e sermos muitos
Nos sabermos sós sem estarmos sós
Abrirmos a cabeça para que afinal
Floresça o mais que humano em nós

Então tá tudo dito
E é tão bonito
E eu acredito num claro futuro
De música, ternura e aventura
Pro equilibrista em cima do muro

Mas e se o amor pra nós chegar
De nós, de algum lugar
Com todo o seu tenebroso esplendor?
Mas e se o amor já está
Se há muito tempo que chegou e só nos enganou?

Então não fale nada
Apague a estrada
Que seu caminhar já desenhou
Porque toda razão, toda palavra
Vale nada quando chega o amor



segunda-feira, outubro 04, 2004

Irmão Sol


Hoje é dia do homem que virou santo porque acreditou na vida. Ele acreditou na natureza, nas pessoas e nos valores de cada um. Ele acreditou, principalmente, na paz e no bem. Hoje é dia de São Francisco de Assis. O santo dos pobres, dos animais, dos ecologistas e de todos aqueles que acreditam na vida.

Eu sou apaixonada pela história de São Francisco. Sua vida de missionário é absolutamente encantadora. O respeito pelo ser humano e a admiração pelas coisas simples do Universo fazem de São Francisco um santo com história muito particular. Abrir mão da riqueza e do conforto que ele tinha em nome da fé,é coisa para poucos. Raros. Talvez somente ele.

Assisti “Irmão Sol, Irmã Lua” milhares de vezes. E também vi a peça sobre São Francisco. Ainda vou conhecer Assis. e todas as histórias mágicas que a cercam. Entre essas histórias, várias me chamam a atenção… que ele e Santa Clara eram almas gêmeas (embora não tivessem contato físico, eles tinham forte ligação espiritual e aquilo que é chamado amor puro, o amor dos anjos, sublime e sem cobranças); o famoso discurso onde ele se despiu em praça pública e devolveu seus bens ao pai e, claro, as chagas de Cristo que recebeu em suas mãos e pés.

Considerado ‘ o primeiro depois do único ‘ (ou seja, o primeiro mestre após o único mestre – que é Jesus), São Francisco tem devotos por todo mundo e é um dos santos mais populares do Brasil. Sua missão de amor, sua oração pela paz e suas palavras poéticas ainda sobrevivem com força. Mesmo que o mundo ainda viva conflitos religiosos e pelo poder, cada um de nós só está aqui por um único motivo: assim como disse Francisco, que possamos ser um instrumento da paz.


Janaina Pereira
Redatora
janaredatora@hotmail.com
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Oração de São Francisco de Assis



Senhor,
Fazei-me um instrumento de vossa paz.

Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.

Ó Mestre,
Fazei que eu procure mais consolar, que ser consolado;
compreender que ser compreendido;
amar, que ser amado.

Pois é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.
Amém.


domingo, outubro 03, 2004

Picardias virtuais


‘ Sexo verbal não faz meu estilo’ , já dizia Renato Russo. Mas o sexo virtual está na moda. Por que as pessoas preferem atingir o orgasmo diante de uma máquina ? Deve ser pelo mesmo motivo que elas atingem o orgasmo em revistas pornográficas. Ou em filmes idem.

A excitação visual sempre fez parte das nossas vidas. Taí as praias com seus corpos sarados que não me deixam mentir. Mas a excitação das palavras é relativamente nova. Antes podia ocorrer um furor diante de um poema e olhe lá. Hoje, o poder de uma palavra bem dita na hora H transforma mouse em objeto do desejo. Teclado vira instrumento de prazer. E cuidado com o monitor: pode espirrar alguma coisa em cima dele !

É mais fácil seduzir através do e-mail, do messenger ou do orkut. Pessoalmente você pode levar um fora, um não, um talvez, um nunca. Pessoalmente ela vê sua barriga, seu dente torto e sua falta de estilo. E o mocinho que você achou gato pode ver sua gordurinha localizada, sua bunda nem tão empinada e sua maquiagem borrada.

Ah, o mundo virtual ! Ilude, engana e cria paranóias. Sexo é sempre divertido. Mas a moda antiga, cara a cara, ainda é bem mais gostoso. Mesmo que traga consequências, cobranças e desilusões. Mas o contato físico ainda é a maior vantagem que a gente tem. E não podemos abrir mão disso.


Janaina Pereira
Redatora
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sábado, outubro 02, 2004

Vem, vamos embora



As despedidas são motivos de tristeza. Mas a gente pode se despedir sem chorar. E o churrasco da Acqua – uma despedida de pessoas, de casa e de destinos – foi a festa que podia ser. A gente ficou meio perdido, no meio de tanta carne e tanta lembrança. Mas a diversão foi maior que tudo.


O quintal do Kuki, a sala da criação, a cozinha de tantos almoços, a área da Área, o coffe break dos papos pro ar, a recepção ao pé do ouvido … tudo ficará marcado como uma doce lembrança. E quando a casa cair, talvez alguns sonhos e decepções caiam com ela. Mas uma nova fase se inicia para cada um que passou por aquelas salas.

O passado deve ficar onde está: no passado. O presente é para ser vivido intensamente. E o futuro a Deus pertence.



Janaina Pereira
Redatora
www.fotolog.net/janaredatora
janaredatora@hotmail.com


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